sábado, 25 de janeiro de 2014

KARMA

Carma, mais do que uma palavra engraçada (quando pensamos que é alguém que tem dificuldade nos lês e quer que nos acalmemos), é uma palavra com força, do grupo daquelas palavras que quando nos saem da boca podem provocar alterações climáticas à nossa volta. 
Não sou propriamente religiosa (pensando bem, mesmo nada), nem muito espiritual (para mim o cúmulo máximo da espiritualidade é o bacalhau), mas de vez em quando sou atingida por um boomerangue invisível, o que me leva a crer cada vez mais, que o que fizermos na nossa vida, e aos outros, vamos receber de volta e às vezes a dobrar. 
No outro dia encontrei-me com uma amiga, que foi atingida pelo mesmo problema que muitos portugueses, o desemprego, e pelas consequentes dificuldades económicas. É daquelas pessoas boas, que está sempre disponível, que tem sempre uma palavra amável, e que não merecia nada do que está a passar.
Por muito que pensemos que o dinheiro não traz felicidade, não o ter, para pagar as contas e comprar o essencial, traz muita infelicidade.
Mas voltando ao que estava a contar, eu e a minha amiga lá nos encontrámos no Metro (sim, o mesmo que está em greve todas as 5ª feiras), e ela teve que levantar dinheiro no multibanco para comprar o bilhete. Como me estava a dever, deu-me uma nota de 20€ e eu, que sei da dificuldade que passa, disse que não queria, que me desse mais tarde, e ficámos numa luta de: toma lá, não deixa estar, eu insisto. O que se passou no meio desta luta foi que a dita nota de 20€ se perdeu.
Nem imaginam o peso que ficou, ambas com um sentimento de culpa, como se tivéssemos perdido a nossa fortuna no jogo. Fizemos inclusivamente o juramento de não contar nunca a ninguém o que se passou.
Continuámos como se nada se tivesse passado, e quando chegámos ao nosso destino, lá nos encaminhámos para a saída da estação, quando vi um papelinho no chão dobrado. Conforme nos íamos aproximando, eu não queria acreditar, até que apanhei o tal papelinho dobrado, que era nada mais nada menos, do que uma nota de 10€. 
Desatámos-nos a rir que nem umas perdidas e foi como se um grande peso nos saísse de cima, e lá fomos tomar o pequeno-almoço. Já sentadas, munidas de meias de leite e pão-de-Deus, ela vai guadar o troco na carteira, e não é que a bendita nota de 20€ desaparecida estava lá!!!! 

Por isso, minhas bruxinhas companheiras de fortuna e infortúnio, enquanto continuarmos a mexer o nosso caldeirão juntas, partilhando poções, cá nos vamos arranjando....


Mme Min

domingo, 12 de janeiro de 2014

Estava a meio de ler Proust e lembrei-me que...

...três dos gajos que gosto são de alguma maneira parecidos:

 
E será coincidência que dois deles me apareçam nestes propósitos?

 
Deixo-vos com esta pergunta do mais alto grau intelectual e volto à minha leitura, talvez encontre o tempo que perdi com isto.
Maga PatoLógica

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Extra, extra, read all about it!

Atenção, muita atenção: notícia de última hora!
Interrompemos a emissão para anunciar que:

AMANHÃ OS TRABALHADORES DO METRO NÃO FAZEM GREVE!
 
Para aqueles de vós que já não se lembram como é, o Metro é uma coisa parecida com isto:
 
 
Maga PatoLógica


domingo, 5 de janeiro de 2014

Hoje é dia de festa...

...cantam as nossas almas!
 
Por acaso não cantam, mas só porque somos umas desalmadas, e porque não cantamos nada de jeito, e porque já nem é dia de festa.
 
Os dias de festa já passaram, e foram muitos em Dezembro. O meu ano novo é só em Maio, mas felizmente tenho uns cinco ou seis para festejar neste último mês do ano.
 
A Hermenegilda não gosta deste mês, mas eu tenho de o celebrar porque foi o mês que me trouxe as minhas duas melhores amigas, bruxas companheiras deste blogue. Não são nenhuns meninos Jesus, mas eu também não sou a Virgem Maria e muito menos o São José...
 
Às vezes sabe deus (ou outra divindade qualquer) como consigo, mas são já 24 Dezembros num caso e 30 Dezembros no outro em que eu carrego com esta cruz (e a Páscoa nem é neste mês).
 
Bem, Herme, aqui vão os parabéns atrasados:

Juro que aqui neste caldeirão não foi de propósito que não tos dei no dia 28 de Dezembro, foi mesmo porque às vezes me esqueço que o blogue existe, tal é o apocalipse.
 
Não vale a pena fugirmos desta época e deste mês. Há pessoas que não gostam porque lhes parece hipocrisia que andemos cheios de espírito natalício, bondoso, caridoso, amigo, só nesta altura do ano, mas isso não é desculpa. Só não andamos assim o ano inteiro porque não queremos. Dezembro e o Natal não têm culpa que cada um de nós faça exactamente o que acusamos os outros de fazer. Nada nos impede de sermos bons para quem precisa durante o ano inteiro, mas se não o somos, Dezembro é um mês tão bom como outro qualquer.
 
Dezembro existe e ainda bem. Já acabou mais um e todas as minhas pessoas deste mês voltaram a entrar no seu Ano Novo, mais velhotas é verdade, mas cada vez mais novo só o Benjamin Button!
 
Que 2014 traga mais um Dezembro e todos os meses antes dele. Que seja um bocadinho melhor para algumas das pessoas que me são mais queridas, porque para mim pode ser igual a 2013, que foi muito bom.
Maga PatoLógica

sábado, 21 de dezembro de 2013

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Metros e outras medidas

Os trabalhadores do Metro devem estar a tentar entrar para o Livro de Recordes do Guiness, e pela fúria com que fazem greve vão conseguir já no próximo ano ....


Mme Min 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Leggings, essa invenção do Demo


Devo estar a ficar velha, mas mesmo muito velha, mesmo, porque simplesmente não consigo ver nada de positivo nesta moda, que teima em não sair de moda... Leggings, o que raio é isto??? De bonito não tem nada. Elegante? Como pode alguém achar, que andar de roupa interior, qual maluquinho que se esqueceu de vestir a parte de baixo, é bonito e elegante? Em que país, em que sociedade, em que mundo, em que sistema solar??????  Quem nunca foi violentamente agredido, quando a pessoa à sua frente, ia de ceroulas ou com collants, e a ver-se as cuecas. Eu lembro-me das lutas que tinha com a minha mãe, que queria que andasse de meias até ao umbigo, porque estava frio. E não era só eu, éramos todas e todos. E agora é isto??? Acho que devíamos fazer uma petição contra o uso e abuso destas ceroulas exteriores.
A LUTA CONTINUA!!!!


MME

Fuga


Há dias assim, em que só me apetece fugir, largar tudo e quase todos, e passar a viver da forma mais simples, sem grandes preocupações, a não ser o que vou comer e como me vou aquecer.
Um dia, não vai ser hoje, mas um dia ...

MM


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

30 dias tem Novembro...

...e cá estou eu, mais uma a fazer a dieta dos 31 dias. E seremos muitas(os) mais com certeza, porque se o livro vendeu tantos exemplares é porque alguém o comprou e não deve ter sido para enfeitar a prateleira da biblioteca privada.
 
Não vou falar dos horrores que me custa estar sem hidratos de carbono, da tortura que é não comer doces, da chatice de não poder apanhar as costumeiras pielas de caixão à cova, da terrível fome que passo... nada disso, até porque ainda não senti nenhum destes achaques e eu não sou mentirosa.
 
Também não vos vou dizer quantos quilos perdi, primeiros porque comecei a dieta apenas há 1 semana e, como sou bem mandada, só me pesarei ao fim de 15 dias e segundos porque saber quantos quilos perdeu quem está de dieta só serve para nos aborrecermos (olha aquela vaca perdeu mais peso que eu) ou para fazer vir ao de cima o nosso lado de cabras (é bem feita sua estúpida, gastaste o dinheiro e a paciência e não perdeste peso nenhum).
 
A única coisa de que padeço com esta dieta é de enervação e impaciência (maleitas que já eram crónicas, mas que estão a transformar-se em romances). Eu, que nunca pertenci à tribo "marmita" apenas e só porque não tinha paciência para fazer jantar a contar com o almoço do dia seguinte*, agora quem quiser ver-me é enfiada nos tachos e panelas até às tantas, a fazer o jantar e o almoço e os lanchinhos e o diabo a quatro. Arrghhh!!
 
Quer-me parecer que, da Michelin, mais depressa mantenho um pneu do que ganho uma estrela.
 
Maga PatoLógica
 
*eu não tenho paciência para fazer jantar, ponto final.
 
 

After Alter Bridge

Gostei mesmo muito. É a única banda (que me lembre assim de repente) que gosto mais ao vivo do que ao "morto", e esta é a minha favorita:


Maga PatoLógica

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Fauna

Trabalhar  no Chiado  é giro. Há dias em que sair para o almoço é entrar noutro mundo. Um mundo de hipsters, de mainstreamers, de toxicodependentes, de vendedores daquilo que torna os outros toxicodependentes, de "tias", de pedintes, de actores, de estrangeiros nossos e temporários, de senhores de fato e gravata do banco aqui ao lado, de artistas, de estudantes, de gente banal, etc.
 
Hoje foi dia de:
- ver o Nuno Lopes a subir a Rua Garret de bicicleta;
- ver uma família bem vestida e compostinha, mas a senhora estava de collants castanhos de lã "opacos" e sem mais nada por cima a não ser um casaquinho que nem às ancas chegava, e não eram leggings, porque essas, no rabo, só têm risco ao meio e não duas costuras laterais ao longo de cada nádega. A senhora estava debruçada para o carrinho do bebé e as cuecas eram aos bonecos amarelos e verdes;
- ver o Manuel Luís Goucha à frente de uma "manifestação" de velhotes a descerem a Rua Garret a bater palmas e a fazerem uma grande festa, com a Cristina Ferreira à frente a segurar um daqueles rádio/gravadores a pilhas, à boa moda dos anos 80, a fazer um xinfrim desgraçado;
- e de constatar que a maior parte dos pedintes, ou estão com a conversa do costume: "esmolaoaleijadúnh", "dêemecólquercoisinha", "faço anos hoje, preciso de comer uma sopinha", "façamfavordem'auxiliar", ou então estão com um ar de psicopatas, com os olhos postos no além e constantemente a resmungar qualquer coisa que me soa sempre a maldições rogadas a quem não lhes dá esmola.
Maga PatoLógica

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Complexo de super-homem

Porque é que agora as miúdas andam com as cuecas por cima dos collants?

Ter bolsos, fecho, cós e presilhas não faz disto uns calções, OK?
São só cuecas, com tuning, mas são só cuecas pá!
Maga PatoLógica