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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A Gaiola Dourada...

...ou a maneira de tratar de um assunto muito sério de uma forma que soube levar muitos milhares de pessoas ao cinema.
Ficou provado que não é preciso fazer uma coisa pesadíssima e triste, para abordar um assunto que assim o é na maioria das vezes.
Levei o filme todo a lembrar-me dos meus pais, que não emigraram, mas têm exactamente o mesmo nome e faziam por cá exactamente aquilo que os personagens do filme foram fazer por lá. Revi na história e na maneira de ser daquele José e daquela Maria muito do que a minha Maria e o meu José foram durante uma vida inteira.
Ri-me muito ao ver este filme, mas também chorei quando me apercebi que, a brincar a brincar, se focou uma realidade que me toca profundamente. Tenho um irmão que emigrou há dois anos e meio para o outro lado do mundo e só este ano cá pôde voltar. Ao longo do filme foi-se-me entranhando um sentimento de tristeza, como se só naquele momento me apercebesse que era para sempre.
Por muito que se parta pensando que um dia se volta, raramente se volta... e quando se volta nunca se vem inteiro, há pedaços que vêm connosco, mas há outros que ficam lá longe. E quem cá fica também fica sempre incompleto.
 
Adorei o filme.
Maga PatoLógica