Bê e à Bá

Eu sou uma maluquinha do português. A minha filha já o sabe desde a primeira classe. Já sabe que fico possessa com os acentos e a pontuação onde não são, ou a falta deles onde são, e outras coisas que tais.

É claro que não sou o supra sumo da coisa e de certeza que também dou erros de vez em quando, mas não daqueles básicos, e nunco envio um e-mail, ou escrevo uma SMS, ou "posto" no Facebook ou aqui, sem ler 3 ou 4 vezes o que escrevi (e mesmo assim às vezes não deixam de passar algumas gralhas, acontece).

Mas não queiram saber a piada que acho a alguns escritos que nos vão aparecendo por essa internet fora a alertar-nos para coisas importantíssimas como a corrupção, as injustiças sociais, as novas técnicas de roubo e rapto, a crise, as acções dos políticos, etc. Assuntos bastante sérios, mas que assim que leio "político tal, com reforma de 9.150,00€ à 20 anos", ou um "voçê", ou um "gastas-te" em vez de um "gastaste", perco logo a vontade de continuar a ler.

Assuntos destes que nos são apresentados com erros dos mais básicos e onde, para evidenciar o mais importante, se usam 4 ou 5 cores berrantes, 5 ou 6 tipos de letra, negritos, itálicos, sublinhados, etc., transformam-se numa palhaçada que ninguém leva a sério.

Porque é que ainda há quem envie e-mails destes? Assim que abro um e vejo este Circo armado, no assunto até pode dizer que é sobre a vinda do Hugh Jackman ao meu local de trabalho, mas vai directo para o caixote do lixo.

 

 

Maga PatoLógica

P.S.: Se o Hugh Jackman vier ao meu emprego, por favor não me avisem desta maneira.