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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Fauna

Trabalhar  no Chiado  é giro. Há dias em que sair para o almoço é entrar noutro mundo. Um mundo de hipsters, de mainstreamers, de toxicodependentes, de vendedores daquilo que torna os outros toxicodependentes, de "tias", de pedintes, de actores, de estrangeiros nossos e temporários, de senhores de fato e gravata do banco aqui ao lado, de artistas, de estudantes, de gente banal, etc.
 
Hoje foi dia de:
- ver o Nuno Lopes a subir a Rua Garret de bicicleta;
- ver uma família bem vestida e compostinha, mas a senhora estava de collants castanhos de lã "opacos" e sem mais nada por cima a não ser um casaquinho que nem às ancas chegava, e não eram leggings, porque essas, no rabo, só têm risco ao meio e não duas costuras laterais ao longo de cada nádega. A senhora estava debruçada para o carrinho do bebé e as cuecas eram aos bonecos amarelos e verdes;
- ver o Manuel Luís Goucha à frente de uma "manifestação" de velhotes a descerem a Rua Garret a bater palmas e a fazerem uma grande festa, com a Cristina Ferreira à frente a segurar um daqueles rádio/gravadores a pilhas, à boa moda dos anos 80, a fazer um xinfrim desgraçado;
- e de constatar que a maior parte dos pedintes, ou estão com a conversa do costume: "esmolaoaleijadúnh", "dêemecólquercoisinha", "faço anos hoje, preciso de comer uma sopinha", "façamfavordem'auxiliar", ou então estão com um ar de psicopatas, com os olhos postos no além e constantemente a resmungar qualquer coisa que me soa sempre a maldições rogadas a quem não lhes dá esmola.
Maga PatoLógica